segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Carta jamais enviada !?!?!



Acho que hoje piso nas nuvens e tento tocar o chão. Perdida em pensamentos troco palavras em frases, gaguejo, enrolo a língua (ah, se fosse na sua!), babo sem nem reparar. Sinto o coração arrepiando sem ter pêlos, nem penas. Um frio gostoso em cada parte do corpo, que embrulha o estômago e deixa a mente livre e lerda.E ao escrever, me faz reparar nas coisas que nunca reparamos. Como um coração arrepia? Como se embrulha um estômago? Me dá vontade de rir ao ver a combinação de verbos e substantivos que transcrevem exatamente o que sentimos. Olha a que ponto chegamos: uma salada de palavras para amenizar expressões, torná-las belas... falar de amor! Sem olhar nos olhos torna-se ainda mais divertido se declarar. A gente imagina o outro olhar e vai escrendo, rindo sozinho. Como as palavras têm o dom de conquistar, fazer sonhar. Será que teriam também o dom de seduzir? Acho que esse dom nunca tive e nem terei. Nem por palavras e nem por ações. Mas tudo bem, não me importo, prefiro ser desastrada e criança. Nunca me imaginei mulher, embora não seja sempre que eu goste de ser chamada de menina. Menina apaixonada e menina... Com 23 anos e escrevendo cartinha de amor. Mas que vê que esse amor é puro e profano. Meninas também têm desejos, as vezes também perdem o pudor. Talvez não na primeira, mas na segunda vez. Depois sentem vergonha. Ah paixão! Me deixa ser sem vergonha uma vez na vida... e dizer: "olha me deixa mostrar que a menina quer crescer contigo, e provar o pecado, sem dessa vez ter medo de ser feliz"... e tão menina... tão apaixonada, mais uma vez quer dizer Eu Te Amo detrás do muro... talvez o inatingível seja o que a mantém de pé...
A mesma sensação de se receber flores?!?!?! Talvez...

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