domingo, 30 de dezembro de 2007


Estou procurando a inspiração para o meu novo ano. Já abri o guarda roupas, tirei um pouco de coisa velha que talvez sejam necessárias um dia mas aí vou fazê-las de novo. Já olhei da janela, procurei a estrela mais bonita e fiz um pedido. Já mudei em minha cabeça concepções de mundo. Já chorei até que não ouvessem mais lágrimas. Já sofri por algo que não sei o que é. Já senti o peso da idade dizendo que é hora de ser mais feliz e mesnos fresca... "Tudo novo de novo"! E eu velha, precisando mudar um pouco. Mudança de visual, de personalidade e menos medo de ser egoísta. Pensar em mim nunca foi o meu forte, aliás, pensar nunca foi. Me deprime, me joga abaixo de todos os números negativos. Sempre me achei pior que todo mundo, mais feia, com mais defeitos, como se qualquer um pudesse chegar e tomar de mim o que eu mais gostasse. Existe em minha vida uma menina que não vale nada, menos que um centavo e ela sempre me fez medo. Sempre me incomodou. E no próximo ano, talvez um de meus objetivos seja incomodá-la. Mostrar a ela que ela não é nada. Que seus sorrisos são hipócritas e que ela num pode ter o que quiser. Ao menos o que ela quiser e que for meu. E dessa vez ela não vai me derrubar! Aliás, ela quem??? Ninguém mais vai me olhar com os olhos de "essa aí é boba". Enquanto achavam que eu era boba, eu tenho um relatório sobre todos os eles. Com os defeitos mais sórdidos. Só sou um pouco "come quieta". Esse ano não vou perder o meu tempo com quem não quer o meu bem. Nem ser tão pura e respeitadora com as pessoas. Vou ser mais grossa (já que me chamam de grossa). Meu colo vai ter preço, meus ouvidos também. Não preço exatamente, mas só estarão as ordens pra quem realmente vale a pena. Esse ano vou sorrir menos. Estou gastando sorrisos com gente que não vale a pena. E minhas piadas também. Vou ter menos pesadelos e mais sonhos. Muitos sonhos!!! Vou parar de tomar a felicidade artificial e vou criar a minha própria felicidade. Vou amar só quem for digno do meu amor... Vou jogar muita coisa fora, e escrever muita coisa nova. Vou fazer mais bolhas de sabão, adoro vê-las voando sem rumo até que de repente explodem de uma maneira sutil. Vou explodir como as bolhas de sabão!!! Vou apagar as lembranças ruins e ficar só com as boas. Vou me entregar de novo: corpo, alma, coração, mente... Vou ser a Natália que você sempre quis... Mas porque ela quer ser assim...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Aniversário e solidão


Acho que uma hora a gente cai na real. E se vê sozinho e perdido no mundo. Se for pra ser triste que seja na solidão, se for pra ser feliz também. A verdade é que novamente me choco contra a realidade e a única coisa que eu não queria era me ver assim. A vontade de chorar é grande demais. Embora a gente ponha um sorriso no rosto e deixe novamente pra chorar amanhã. Aos 23 anos me vejo ainda mais menina que sempre me vi. Precisando de colo, carinho, atenção e me escondendo atrás de uma personalidade forte que é o meu ponto fraco. Engolindo seco a cada ligação, pra nunca demonstrar fragilidade. Não, não vou me enganar outra vez! Não vou deixar ninguém ver a menina. Vou ser mulher. Grossa, objetiva, de poucas palavras... E no fundo vou me derreter igual quando eu tinha 15 anos. Na psicoterapia hoje aconteceu algo estranho, desenhei um ovo, no dia do meu próprio aniversário. Talvez eu esteja renascendo. Recomeçando. Ano novo, vida nova, idade nova! E se tudo der certo as coisas serão legais dessa vez. Ou então, serão piores de uma vez só! Já não boto muita fé nas coisas mesmo, talvez nem sejam tão decepcionantes. E eu sei que preciso aprender a ser só. Mas tá difícil!!! É uma questão de tempo... Após a hipocrisia de Feliz Natal, a hipocrisia de Feliz Aniversário... E ainda tem o Feliz 2008!!! Mas esse eu vou levar o sério!!!

"Eu não me perdi e mesmo assim você me abandonou
Você quis partir e agora estou sozinho
Mas vou me acostumar com o silêncio em casa com um
prato só na mesa
Eu não me perdi o Sândalo perfuma o machado que oferiu
Adeus, adeus, adeus meu grande amor
E tanto faz de tudo o que ficou guardo um retrato teu
E a saudade mais bonita
Eu não me perdi e mesmo assim ninguém me perdoou
Pobre coração - quando o teu estava comigo era tão bom.
Não sei por quê acontece assim e é sem querer
O que não era pra ser:
Vou fugir dessa dor.
Meu amor, se quiseres voltar - volta não
Porque me quebraste em mil pedaços."
Ps: De que adianta esperar por telefonemas que eu nunca vou receber???
Bem vinda ao mundo!!!!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Ah, amor!

No fim, por mais feliz que tenhamos sido a solidão permanece... A vontade de chorar uma hora bate, se é que não bate toda hora. E eu só queria você. E fico imaginando como seria diferente contigo ao meu lado, como tudo faria muito mais sentido. Ou ao menos como eu poderia olhar as coisas sem pedras nas mãos. Menos agressiva, menos superficial, menos grossa. Tudo fica tão vazio, tão discrente. Só o amor faz sentido. Ou ao menos, é só o que quero que faça. Ou talvez, tudo o que eu não queria que fizesse sentido. Noite, após tudo, todos os sorrisos, toda a vontade de ter sido feliz e a tristeza. A infinidade de lágrimas que eu queria por pra fora por não estar ao lado seu. E que tranco aqui dentro me fazendo ser cada vez mais fria. Uma hora o meu rosto vai deixar de ter expressões e tudo vai ser normal. Eu já não tenho boas energias para passar, já não tenho nada. Já não me tenho. Não mando no coração... Por que é tão difícil saber que o tempo está passando e esse Natal vai ficar marcado como o que eu não lhe tive ao meu lado? Ah, se você soubesse... Ah, se eu soubesse falar... Ah se você pudesse sentir o que se passa dentro de mim! Por fim só sei que o Papai Noel não lhe trouxe pra mim como eu queria, e agora ele só volta no ano que vem...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Mais sobre o Natal

Eis que hoje acordo e decido ser feliz, e minha mãe acorda em sua revolta matinal... E diz: Natal? O que tem de especial? O povo come rabanada, e rabanada a gente já leva o ano inteiro!!!
Ai mamãe!!! Só você pra me fazer mais feliz....

Aos meus amigos



Hoje chamaram-me de grossa. E fiquei a me perguntar, 'Quantas vezes eu fui grossa sem querer?'. Se fui, não, não foi por mal. Talvez esse clima de fim de ano esteja mexendo com a minha sensibilidade. Na verdade está e eu insisto em não assumir. Eu sempre me preocupo em nunca ser grossa, em passar para as pessoas um pouquinho do amor que está aqui dentro. Só um pouquinho. Amo as pessoas ao ponto de não me amar. Auto-estima nunca foi o meu forte. Tanto que odeio espelhos! Odeio a minha aparência e não sou levada pela aparência dos outros. Talvez seja essa uma coisa que nunca me encantou: beleza! As vezes ela até me assustou!!! Na realidade esse mundo me assusta. E eu estou de uma forma que só quero uma mãozinha estendida dizendo que ali eu encontro carinho. Queria um monte de setinhas , ou uma porta como o banheiro com uma figurinha que representa amor, carinho, compreensão. Acho que estou um pouco cachorro vira-lata esses dias. Qualquer cantinho é um mundão e qualquer migalhinha uma refeição completa. Talvez essa seja a minha ceia de Natal. Uma migalhinha jogada em qualquer cantinho. Ai ai! Talvez eu tenha me apaixonado... Grossa? Não, você só não soube me ver!!!

domingo, 23 de dezembro de 2007

Natal


E por todos os lados vemos os sorrisos falsos de 'Feliz Natal'. Época em que a hipocrisia reina até na pessoa mais pura. Todos se sentem preocupados com a sua "boa educação". É como se esquecéssemos o resto do ano: tudo o que nos feito, tudo o que aguentamos, todas as fofocas das tias chatas ou o pouco caso dos amigos e lhes desejássemos a felicidade maior do mundo. E pelas costas a morte de todos eles com o pior método de tortura possível. Se fosse um perdão instantâneo aí sim eu poderia sorrir mas não sendo prefiro me recolher à minha falta de expressão. Se pudesse daria presente pras pessoas que amo todos os dias, sem por quês. Mas no Natal, aí sim precisa ser muito especial para ganhar algo que venha de mim. Na verdade o Natal me acompanha sempre no nome, daí talvez uma certa antipatia. Sabe a magia se perde de repente, talvez seja a idade, talvez seja a realidade batendo. Eu cansei de esperar Papai Noel. Na verdade cansei muitas vezes de esperar até o meu pai. Nunca fui muito paciente com as coisas, embora sempre soubesse lidar com elas. A única coisa que pega pra mim no Natal é o amor. Sempre passei ao lado de pessoas que muito amei. Não, não digo família. Digo pessoas que amei enlouquecidamente. Esse vai ser o meu primeiro Natal na solidão total, no qual ninguém vai me ligar as 24:00 e dizer: Oi meu amor, te desejo tudo de bom! Ai amor! Esse sentimento tão inexplicável que as vezes desacreditamos mas que no fundo é o que nos mantém de pé. Me sinto com as pernas quebradas. Insustentável. Não quero andar, não quero falar, só quero um colo e deixar que as minhas lágrimas façam o meu Natal. As mesmas lágrimas que fazem a Natália. A Natália que para você talvez não preste, que para você talvez seja fresca ou grossa. A Natália que no fundo é hipócrita como todas as outras pessoas. Por mais que não queiramos aprendemos a ser assim. Maldito mundo manipulador! Eu não quero ser hipócrita!!! Talvez amanhã eu não sorria pra ninguém. Talvez eu dê todas as gargalhadas do mundo. Ah amor aparece amanhã e me dá seu colo, enxuga as minhas lágrimas... Mas eu sei, você nem me enxerga, isso não vai acontecer. Então, pra que sonhar? Vou passar a noite em claro e sei que uma hora isso tudo passa!!!
Feliz Natal!
Ouvindo: Tudo pela metade (Marisa Monte)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Para alguém especial....


Transformação
E um dia a gente se olha no espelho e já não é mais a mesma pessoa. O tempo passou... Já existem marcas de expressão, olheiras, e um semblante mais adulto. Andar de meias perde um pouco a graça, se quer pisar no chão para ter o mínimo que se seja de realidade. Os sonhos mudam. Pintamos o arco-íris em tons de branco, passando pelo cinza e chegando ao preto. Ou preferimos ver o arco-íris somente quando ele aparecer. Começamos a ver que as flores, bom, elas morrem, e nós não choramos por elas. Mas as usamos quando morremos para que chorem sobre nós. Não meu amigo, quando você morrer eu não vou lhe mandar uma coroa de flores! Vou lhe mandar flores enquanto você estiver aqui comigo.
O tempo passa e a gente nem se dá conta, e de repente já se vê mulher. Com problemas de mulher, assim como a mamãe várias vezes teve e agente achou que era velhice. E hoje damos a essa velhice o nome de maturidade. Todos os dias uma dor, um problema a resolver, reclamações, noites não dormidas. E aí a busca do que uma vez vi chamarem de "alegria artifical". A cápsula da tranquilidade, da felicidade. Me viciei nelas, mas ainda não me sinto tranquila ou feliz o bastante. Sem o equilíbrio elas não são nada. A vida da gente só muda quando resolvemos que ela deve mudar.
Hoje, me vejo mais mulher e decidi que ela deve mudar. O amor, bom, ele as vezes passa como as flores, as vezes deixa seu perfume, as vezes só as folhas secas. Talvez o pássaro que ama o peixe vai viver pensando nele sem poder tocá-lo. Talvez ele atinja o equilíbrio e possam se encontrar as vezes na superfície da água, à margem de algum rio. Talvez o pássaro aprenda a nadar, e dar mergulhos profundos, ou o peixe aprenda a voar.
Talvez eu aprenda a ser mulher. Talvez você aprenda a ser meu amigo. Talvez saibamos a hora certa de mandar as flores... aprendamos a cultivar um canteiro. E com isso pode ser que eu aprenda até a hora de dar os telefonemas. E de reclamar da dor. E de tomar as minhas pílulas. A verdade é que hoje despertei para algo que existe dentro de mim, uma pessoa querendo ser madura com a doçura de uma criança. O tempo, ele passa para todos nós. É! Ele não volta atrás... Não, não quero mais tempo. Quero sorrir, e encarar a "velhice" como a mamãe. E ter as minhas responsabilidades. E meus sonhos um tanto quanto modificados.
Sabe, as vezes a vida é dura demais com a gente. Mas se ela fizer da gente um diamante, que saibamos então não ver a sua dureza e sim o valor dele como uma preciosidade...

Ouvindo: Iron and Wine (Fever Dream)