sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Não sei o que acontece quando os anjos parecem maus. De repente tudo muda e é triste. É como se a gente estivesse numa estrada e perdesse a direção. É como se o mel fosse amargo e o amargo fosse dor. Eu tenho chorado muito ultimamente. Não tenho passado de uma criança chorando com dor de barriga no escuro. Por fim não sei de mais nada... Quero colo. E não sei onde eu encontro.Ao menos um colo que não me faça chorar de novo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"Ses"

A gente vive cheio de 'ses'. Se não chover. Se fizer sol. Se ele gostar de mim. Se eu passar no vestibular. É uma insegurança constante até com os próprios sentimentos. Se eu estiver bem. Se meu coração falar mais alto. Se eu não contiver as lágrimas. Passa pela dor. Se eu não estiver com dor de cabeça. Se minha perna não doer. Se meus pés aguentarem o salto alto. Pelo desespero. Se ele não voltar mais pra mim? E se eu morrer? Se nunca mais eu voltar a sorrir? Pelas crises existenciais. E se eu fosse você? Se minha mãe fosse a mãe do vizinho? Se eu não tivesse essa droga de vida. Pelas aquisições materiais. Se eu tivesse um carro. Se eu tivesse muito dinheiro. Se aquele vestido fosse meu. E as vezes o se vira quando. É uma questão de esperança. De se doar. De querer. Se te baterem em uma face vire a outra. E quando isso acontecer jamais tenha ódio no coração. Porque tudo tem o seu se e o seu quando.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Espinhos

Ele machuca meu coração como quem fere a mão numa rosa com espinhos. A gente pensa que rapidinho vai melhorar mas fica incomodando por uma semana, talvez um ano, talvez dois. Quando o machucado não cicatriza nunca é que devemos nos perguntar como o corte foi feito. Ninguém se preocupa com o 'como' as coisas chegaram ao ponto que chegaram, mas elas simplemente não pedem com educação pra fazerem parte de nosso destino. E de repente tudo se desmorona sem a gente saber o porquê. Eu nunca toquei no assunto. É a primeira vez que consigo falar sobre e confesso que ainda me faz desmanchar em 2.000 pedaços. Quando penso nele penso em carinho, consideração, respeito, confiança. Ele quando pensa em mim não pensa em nada. Mesmo há anos sem trocar um telefonema sequer nosso coração se comunicava por telepatia. Hoje a comunicação foi cortada. Os corações mudaram de área. E isso dói. Porque uma chamada recusada é como uma leve deslizada no ralo de ralar legumes. Ele machuca meu coração como quem fere a mão numa rosa com espinhos. Porque simplesmente não existem rosas sem espinhos.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Dias chuvosos

O que você procura nos dias chuvosos? Procura dormir pra passar o tempo mias rápido ou procura ficar acordado pra sentir mais a depressão do dia? Olha das janelas ou se tranca num canto só seu? Ainda chora a falta dele? É. Sei que chora. Com a chuva pelo chão você vê o rosto dele refletido em todo lugar. Só que ele não é real. O que você porcura nos dias chuvosos? Relidade ou fantasia?

sábado, 3 de janeiro de 2009

Passado

Nada mais incomoda um casal do que a raiva do passado. Não por ter passado, aliás, esta é uma gratificação. Mas pelas pessoas que passaram não darem o valor devido àquele que hoje é o maior tesouro da sua vida. O passado consome pela imaginação. Não irrita-se com a pessoa e sim com os tabus que nós mesmos criamos. É um ódio sem alvo. É uma irritação presa ao túnel do tempo. Tempo este que não podemos voltar atrás. Ah se tivéssemos uma máquina do tempo. Ela sim acabaria com toda a nossa insegurança. E a pior certeza é que no final das contas o passado não tem culpa de nada. Esse sentimento de ódio, raiva, possessão, ciúmes, deve ser educado, assim como a vontade de arrotar quando tomamos uma coca-cola. O mais sensato a se fazer é agir em relação ao passado como as pessoas que passaram, deixá-las para trás como as criaturas horrendas que um dia imaginamos que existiam nos armários ou debaixo das camas. Se não é possível apagar com borrachas que apaguemos com sentimentos novos e bons. Senão viveriamos no passado. E não temos a menor pretensão de vivermos como há alguns anos atrás: imaturamente e irresponsavelmete. Passado só é bom quando lembramos de nossa infância e nem mesmo assim não é sempre apenas agradável. Lembrar das palmadas da mamãe nem sempre é uma glória. Glória que lembra vitória que ao mesmo tempo lembra bem estar. Gosto da palavra glória. Soa bem como jaca e isso não tem explicação. Há quem prefira falar cajá. Mas isso não tem nada a ver com o passado porque o passado embora não possa ser esquecido não é mais parte da nossa vida. Cultuar o que passou é o mesmo que querer insistir em erros imperdoáveis. O que passou é o que hoje não tem lugar na nossa vida, deixou de ser novidade ou interesse. Concluindo o que passou se perdeu no tempo, na história, não é catalogado nem queremos que seja. Se fosse assim não seria passado. E você? Já parou pra pensar o quanto você vive do ontem ou comenta do Natal que já passou?